sexta-feira, 17 de abril de 2009

Presença dos vereadores fica só no painel


Na Câmara de São Paulo, um fato inusitado chama a atenção pela controvérsia entre dados e imagens. É que mesmo com o plenário da Casa constantemente vazio o painel eletrônico, encarregado de registrar a assiduidade dos parlamentares, mantém-se sempre cheio.

Registrada apenas no início e no fim de cada sessão, a presença, ou melhor, a ausência dos parlamentares é tão comum que, muitas vezes, discursos são proferidos apenas para seus assessores que, por celular, avisam sobre alguma discussão importante ou alguma votação que exija sua presença.

A promiscuidade com o ponto parece não ter fim, já que mesmo quando participam das sessões plenárias, os vereadores se mostram desinteressados pela pauta para ater-se às “rodinhas” bem humoradas que ficam espalhadas pelo plenário. O descaso com a população é tamanho que a lista de freqüência oficial é mantida sob sigilo da Mesa Diretora, diferente do que determina resolução interna.

A penalidade pela falta nas sessões plenárias - desconto de R$ 583,33 no salário de R$ 9 mil - parece não surgir efeito, já que as poltronas azuis em couro permanecem vazias. De duas uma, ou as discussões não estão sendo suficientemente atrativas ou o ponto eletrônico tornou-se um grande aliado à falta dos vereadores, que argumentam estar trabalhando em seus gabinetes ou bases eleitorais.

Dessa maneira, a maior casa legislativa municipal do país, com gastos superiores a R$ 5 milhões anuais por vereador, serve como exemplo para todas as outras de como não representar seus eleitores: cabulando as aulas.

Um comentário:

  1. Caro Fernando, tendo lido a sua "reportagem", intrigado, fui pessoalmente à tal mansão. Posso garantir que a tal "piscina" não existe porque eu procurei e não encontrei, o que vi foi uma banheira de hidromassagem externa que estava vazia e com sinais de desuso. Ela ainda não está pronta. Essa tal fonte com catarata não passa de um pequeno e tradicional tanque de peixes japonês um pouco mais sofisticado, que na fotografia, de acordo com o ângulo e a proximidade dá a aparência de ser bem maior do que se apresenta. Conheço cascatas e tanques bem maiores. Na ocasião da visita, em junho de 2012, o tanque estava vazio, porque ele estava esperando sobrar dinheiro para comprar peixes e terminar a ornamentação. A casa, por dentro, nem é tão grande assim, sendo que a construção começou há mais de 25 anos atrás, finalmente concluída em 2009 com poupança pessoal. Tinha áreas internas ainda inacabadas, a tijolo aparente. A ação de desinformação e esse verdadeiro linchamento político foi iniciado por um motorista demitido, por vingança, levado à televisão provavelmente por má fé. Todas as documentações, notas fiscais e outros gastos foram apresentados à receita federal, à polícia federal e à corregedoria da câmara. Conheço essa obra desde seu começo, o projeto arquitetônico foi um presente de um projetista já falecido e nada vi que não pudesse ser compatível com o salário de 9 mil reais e poupança acumulada de mais de 30 anos de trabalho. Convido você também a conhecer a tal mansão, a famosa cascata de 200 mil, que não tem mais do que 1,0 metro de altura por 60cm de largura. Não custa nem 2,8 mil para juntar um montinho de pedras comuns - é isso mesmo, pedras comuns - e fazer cascata com um bom pedreiro. Nota: o tanque é cimentado, o que barateia muito a manutenção, quem cria peixes em casa sabe disso. Se for do seu desejo, enviarei fotos caso duvide. A informação do preço da residência causou indignação à vizinhança, pois casas com piscinas em terrenos maiores não foram tão bem avaliadas, tornando-se motivo de comentários bem humorados dos vizinhos de que a casa do Kamia está supervalorizada "porque o terreno nem é tão grande assim". À época que o terreno foi adquirido tudo era muito barato na região, alvo de valorização imobiliária, então a riqueza aparente não surgiu do dia para a noite. Ass. carlos em 23/julho/2012.

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