domingo, 12 de abril de 2009

Enfim: Plano de Metas


Anunciado no último dia 31 de Março, o plano de metas da Prefeitura de São Paulo pretende, entre outras coisas, cumprir algumas promessas de campanha, inclusive de gestões passadas. De acordo com o pacote, a educação será a área mais beneficiada com promessas de aumento da jornada de aula para 7 horas, fim das filas (leia-se: milhares de mães) para conseguir vagas em creches e o fim do chamado “turno da fome”, que vai das 11h às 15h, justamente no horário em que os alunos não podem almoçar.

Além da educação, o governo municipal elaborou 223 metas que deverão contemplar diversas áreas em toda cidade. O trânsito, por exemplo, onde acompanhamos diariamente recordes e mais recordes de congestionamentos, o governo Kassab promete implantar mais 4 mil novos ônibus e 13 terminais; investir R$ 1 bilhão no Metrô além de reformar, pavimentar, duplicar e prolongar centenas de dezenas de milhares de vias. Além disso, o governo anunciou que ira concluir as obras do Expresso Tiradentes, antigo Fura-Fila. O projeto de 1996, que foi bandeira de governo de Celso Pitta (do qual Kassab foi secretário de Planejamento) não chegou nem sequer à metade do previsto. Dos atuais 32 km planejados, apenas 11 km estão funcionando.

Batizado de Agenda 2012, o plano de metas é uma antiga reivindicação da sociedade civil organizada, que luta há anos para que o governo municipal disponibilize todo o planejamento do prefeito eleito para os quatro anos de governo. Funciona assim: o governo municipal precisa detalhar as ações que prometeu durante a campanha, de preferência com números. A cada seis meses, os dados são revisados. Dessa maneira todos poderão checar se as medidas estão sendo cumpridas de acordo com as promessas através do site: www.prefeitura.sp.gov.br/agenda2012

Orçado em cerca de R$ 20 bilhões, o plano prevê, em alguns casos, intervenções conjuntas com o governo federal e estadual. No entanto, o pacote de tantas metas e promessas já gera polêmica na sociedade, que o acusa de excluir diversos distritos com índices baixíssimos em áreas como saúde, educação e cultura para continuar favorecendo outros por demais abastados.

Por fim, além de toda discussão e curiosidade que o plano de metas poderá gerar, outro fato, no mínimo curioso, foi ver o tal pacotão sendo anunciado pelo secretário municipal de Planejamento, Manuelito Magalhães Junior e não pelo próprio prefeito. Uma coisa é certa, se o governo deixasse para anunciar o pacote um dia depois (1º de Abril), certamente a polêmica seria maior, e as piadas prontas também.

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